Os robôs já fazem parte do nosso dia-a-dia. Auxiliam médicos em cirurgias, as donas de casas em seus afazeres diários, apoiam a recuperação de diversos desastres naturais e, principalmente, trabalham em fábricas e centros logísticos de empresas. Na sua grande maioria, eles vêm substituindo os trabalhos chatos, tediosos, repetitivos e perigosos ao mesmo tempo em que contribuem com o aumento da produtividade e nos permite fazer mais a cada dia com menor tempo possível.
A Automni promove vários encontros com profissionais do setor de logística para analisarmos tendências e oportunidades para tornar nossa logística mais eficiente, moderna e segura. Dentro da programação do Case Startup Summit, tivemos a honra de ter um bate-papo sobre logística e robotização com o Eduardo Banzato, diretor do IMAM (Instituto IMAM, IMAM Consultoria e IMAM Treinamento), com mais de 33 anos de experiência profissional, mais de 300 projetos implementados nas áreas de Supply Chain, Operações e Desenvolvimento Humano, em empresas no Brasil e América Latina.
Neste artigo, trazemos um resumo editado a respeito dos principais assuntos abordados neste bate-papo.
Um pouco da história da robótica:
De acordo com o dicionário de Oxford, os robôs são máquinas de diferentes formas e tamanhos capazes de realizar séries complexas de ações automaticamente, especialmente programáveis por um computador. Segundo o Wikipedia, o termo robô foi utilizado pela primeira vez pelo Checo Karel Capek em uma peça de teatro (Janeiro de 1921, em Praga na República Checa). Capek queria chamar as criaturas automáticas da sua peça de “Labori” (em latim, labor, que significa “Trabalho”), mas seguiu a sugestão do seu irmão, Josef Capek, o verdadeiro criador do termo, que os definiu como “Roboti”. A palavra “robô”, derivada de “robot”, tem como raiz a palavra checa “robota”, a qual significa “trabalho forçado, servidão” e tem como uma de suas derivações a palavra “rabu”, que significa “escravo”.
Ao longo dos anos, os robôs vêm se evoluindo, provendo melhores soluções e sendo mais flexíveis às necessidades da sociedade, ao mesmo tempo que padroniza processos, otimiza atividades e, consequentemente oferece maior nível de eficiência. A área de logística vem se destacando no uso dos robôs, especialmente nas atividades de coleta e movimentação de itens dentro de uma operação logística.
Tecnologia na logística atualmente:
Leve sua Logística ao Futuro HOJE!
Ficou imaginando como seria se a sua empresa também pudesse se beneficiar dessa revolução?
Então, está na hora de transformar esse pensamento em ação!
Ao compararmos com os dias atuais vemos um significativo avanço das tecnologias empregadas no setor de logística, muito em função das grandes empresas, como Amazon, Apple, Procter & Gamble, MC Donalds, Cisco, Nestlé, dentre outras que estão investindo em ciência e tecnologia com o objetivo de melhorar sua eficiência e mantê-las líderes em seus segmentos.
Especificamente houve um grande avanço da robotização por parte destas empresas, com o intuito diminuírem o prazo para as entregas, eliminarem erros, diminuírem os custos, melhorarem a qualidade de vida dos colaboradores, garantirem maior segurança das operações e, principalmente, manterem-se competitivas no mercado. Estes e outros fatores fazem com que os sistemas autônomos, em especial a robótica colaborativa, que já era, há anos, uma realidade nas operações fabris viessem para o mundo da intralogística (movimentação e armazenagem).
A Amazon, visando melhorar suas operações, descobriu que mais de 50% do tempo de trabalho de um operador era dedicado ao deslocamento dentro dos centros de distribuição. No ano de 2012, a empresa investiu US$ 775 milhões para comprar a Kiva Systems, uma empresa de robótica inicial com foco em intralogística que desenvolveu robôs inteligentes para depósitos e centros de distribuição.
Não somente empresas internacionais como a Amazon vêm investindo em robotização dos sistemas logísticos. No Brasil, companhias como a Natura possuem uma cultura forte em automatização de processos e esta cultura de excelência fez com que a empresa saísse de 200 colaboradores e 2000 consultores para 7 mil colaboradores e mais de 2 milhões de consultores em 52 anos de história.
A Natura conta com o trabalho e dedicação da nossa equipe aqui da Automni, a qual é responsável por prover uma solução completa em automação intralogística para a empresa. Através dos nossos robôs colaborativos, desenhados para atender às necessidades da companhia, estamos contribuindo para uma logística mais segura e eficiente para a empresa.
Robôs operando em uma das fábricas da Natura:
Não somente empresas de grande porte conseguem ter acesso a essas tecnologias em sua estrutura logística. Atualmente, além de investimentos por parte de grandes companhias, vemos movimentos de estudantes e startups desenvolvendo soluções cada vez mais acessíveis e flexíveis para atender não somente às grandes empresas como também empresas de menor porte. Adicionalmente há um incentivo por parte de empresas e governos no desenvolvendo de tecnologias visando aumentar a competitividade. No Brasil temos como exemplo a “Lei do Bem”, uma iniciativa que visa prover incentivos fiscais a empresas que investem em inovação, além de aproximá-las a universidades e centros de pesquisa.
Por mais que já temos diversos robôs contribuindo para uma logística moderna, mais eficiente e segura, ainda temos alguns desafios:
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- Como estes robôs podem conversar entre si e se entenderem?
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- Como os robôs podem ser cada vez mais flexíveis e capazes se adequar a realidade das empresas e não o inverso?
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- Como melhorar nossa infraestrutura para acompanhar os avanços da robótica?
Estes são alguns dos desafios que a logística nos coloca, especialmente em países onde temos uma infraestrutura com maior precariedade. No entanto, ao analisarmos toda a história da robotização, na medida em que avançamos nas tecnologias, há um esforço pelo aperfeiçoamento em capacitação e infraestrutura para que se mantenham competitivos a nível global.
Por fim, conforme foi dito pelo Eduardo Banzato no webinar, vivemos em uma aldeia global. Há diversas empresas investindo em soluções tecnológicas para a logística, há soluções cada vez mais acessíveis, há incentivos e um esforço por parte do Estado em investir em ciência e tecnologia e aqueles que não tomarem a ação de melhorarem os seus processos internos, morrerão.
Bate-papo com o Eduardo Banzato, diretor do IMAM:
Confira, na integra, um bate-papo que tivemos com Eduardo Banzato, diretor do IMAM.